O Senado aprovou na quinta-feira passada (2) a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a inclusão digital como um dos direitos fundamentais da população. A PEC 47/2021 define que o poder público deverá adotar políticas que busquem ampliar o acesso à internet no país e segue agora para votação na Câmara dos Deputados. A inclusão digital é um dos pilares da construção de cidades inteligentes, pela qual o Vereador Marlon Luz luta na Câmara Municipal de São Paulo.
O que é inclusão digital?
Durante os últimos anos, as tecnologias digitais abriram muitas portas para a sociedade. Seja para acessar pessoas do outro lado do mundo, aprender coisas novas ou para o lazer. Aparelhos como celulares e computadores tornaram-se imprescindíveis na vida da maior parte das pessoas, transformando a forma como trabalhamos e acessamos informação.
Raramente lembramos, no entanto, que devemos pagar para usar essas tecnologias, e pagamos muito caro. Em um país desigual como o Brasil, cerca de 33,9 milhões de pessoas ficam de fora desse avanço todo, seja por falta de dinheiro ou de conhecimento. Sem esse acesso de forma democrática, o fosso da desigualdade apenas aumenta, em um ambiente em que poderia diminuir.
A inclusão digital, portanto, propõe garantir o acesso à internet ao maior número de pessoas possível, possibilitando que tenham a capacidade de análise de conteúdos disponíveis na rede e também a opinião própria de maneira crítica, “o que é essencial para o exercício da cidadania”.
Inclusão digital na criação de cidades inteligentes
Como profissional do ramo da tecnologia, Marlon Luz levanta como ponto importante de sua atuação como vereador o desenvolvimento da cidade ao lado de tecnologias que melhorem a qualidade de vida dos cidadãos. Por isso, desenvolveu a Comissão de Estudos para a Criação de um Plano de Cidade Inteligente (Smart City), que inúmeras vezes explorou a importância da tecnologia no bem estar nos dias de hoje.
Em uma das reuniões da comissão, os pesquisadores Thiago Allis e João Freitas, da EACH-USP propuseram olhar justamente para as comunidades marginalizadas, que poderiam aproveitar o desenvolvimento de uma cidade inteligente tanto quanto o resto da população caso tivessem acesso às tecnologias digitais. A ideia foi muito bem recebida pelos vereadores, e Marlon ressaltou a sua “preocupação em levar internet e tecnologia para a população menos atendida”.
Assim, a adição da inclusão digital como direito fundamental, ao lado do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, promove educação e cidadania enquanto auxilia na melhoria da qualidade de vida da população como um todo.
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