No dia 29 de março, Marlon Luz decidiu usar o seu poder de vereador e vice-presidente da CPI dos Aplicativos de uma forma diferente: junto a outros vereadores, o parlamentar invadiu o escritório da Uber atrás de explicações.
A visita surpresa ocorreu com o objetivo de investigar uma possível evasão fiscal das empresas de aplicativos que se transferiram para cidades da região metropolitana, mas continuam prestando o serviço na Capital. Em Osasco, a alíquota de ISS (Imposto Sobre Serviço) é de 2%, contra 5% que era pago pela empresa em São Paulo.
Além disso, o vereador Marlon aproveitou para tentar entender, de forma presencial, quem é responsável por operar o aplicativo da Uber, configurar o dinâmico, as tarifas, as selfies e todas as outras questões que afligem o dia a dia dos motoristas de aplicativo. E, como programador, Marlon Luz quis entender por que as pessoas por trás de toda essa máquina programam, literalmente, abusos.
“Através da CPI dos Aplicativos, eu convenci meus colegas vereadores da CPI a fazer uma diligência, amparados pela autorização da CPI, com a guarda municipal, procuradores e fiscais da prefeitura, para entrar na Uber e entender como a empresa funciona por dentro”, explicou o parlamentar.
Por volta das 10 horas da manhã, acompanhado por viaturas da GCM (Guarda Civil Metropolitana), Marlon Luz e um comboio de mais de 30 pessoas,foram até a cidade de Osasco visitar a sede da Uber. Quando os parlamentares chegaram à sede, levou mais de 1 hora e 15 minutos para serem atendidos por alguém. A demora, segundo o jurídico da Uber, ocorreu porque eles estavam monitorando os protestos que estavam acontecendo no país. Ou seja, a empresa não só sabia o que estava ocorrendo, como também ficaram de olho nas manifestações.
Quando Marlon conseguiu finalmente entrar no escritório da Uber, deparou-se com 3 andares muito luxuosos, com mobília extremamente cara. “Salas lindas, televisões enormes para cada pessoa, mesas deslumbrantes e cadeiras de R$13.000”, relatou Marlon Luz. Mas, não tinha absolutamente ninguém para aproveitar tudo isso, pois o escritório se encontrava vazio, caracterizando uma sede de fachada.
“É muito engraçado ver que a Uber gasta milhões de reais em apenas um escritório, com cadeiras caríssimas, sala de meditação e comidinhas, para ninguém usar. Lembrando que tudo isso é pago com a taxa de 40% tirada do motorista!”, disse o parlamentar. Os 4 vereadores que estavam lá chegaram a apenas uma conclusão: é um escritório fantasma. Foram investidos milhões em estruturas, para ninguém usar.
Não satisfeito, Marlon convenceu mais uma vez os colegas vereadores para visitarem o escritório da Uber que fica localizado no bairro da Barra Funda. Nesse outro escritório, havia apenas 12 funcionários. Nada muito diferente do que foi encontrado em Osasco. O mais interessante dessa visita, foi a presença de um dos diretores na Barra Funda, ao invés de estar na sede em Osasco.
Lembrando que a CPI dos Aplicativos foi prorrogada por mais 40 dias, ou seja, até o final de 2022, com comissões todas as quarta-feiras, às 11h da manhã, e pode ser acompanhada pelo canal do Youtube da Câmara Municipal de São Paulo, que faz transmissões ao vivo da CPI. Mas você também pode acessar o canal do Youtube do Vereador Marlon Luz para ver o resumo e os melhores momentos da CPI dos Aplicativos a hora que desejar.
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