Na última terça-feira, 22 de março, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Aplicativos deu continuidade aos trabalhos, com a atuação do vice-presidente, o Vereador Marlon Luz. Dessa vez, foi chamada plataforma Indriver, que teve como seu representante o diretor de Assuntos Governamentais, Carlos Shigueo Nishikawa.
O Vereador Marlon Luz foi firme ao questionar a empresa a respeito de denúncias sobre da plataforma no município de São Paulo e sobre as questões de segurança do aplicativo na cidade, já que os relatos de assédio e roubos são comuns entre os motoristas.
Para quem não sabe, o município de São Paulo possui um decreto, desde 2016, que dispõe sobre a obrigatoriedade das Operadoras de Tecnologia de Transporte Credenciadas (OTTCs) de se cadastrarem na Prefeitura e fornecerem dados sobre suas operações. Até hoje, a plataforma é a única plataforma que não fez esse processo. Segundo o representante da empresa, é muito complicado esse cadastro e estão há meses fazendo o levantamento desses dados. Mas foi garantido que toda essa demora é devido ao processo de regulamentação e adaptação do aplicativo aos requisitos exigidos pela Prefeitura.
Além disso, a Indriver se defendeu dizendo que, diferente da Uber e da 99, sua plataforma não possui características de empresa de transporte, e sim de aplicativo. Isso se dá porque a Indriver é de fato apenas uma intermediação e negociação entre o motorista e o passageiro, já que eles não estipulam valores de corrida, km e minutos para pagar ao motorista.
“Nós não fazemos nenhuma intermediação entre o fluxo de passageiros e o motorista. O pagamento é realizado diretamente entre o passageiro e o motorista de três formas: pode ser com dinheiro, Pix ou maquininha de cartão”, disse Carlos Shigueo Nishikawa. Esse modelo usado pelos concorrentes, Uber e 99, não é interessante para a Indriver, pois demanda um alto gasto e esse não é o objetivo da empresa..
Porém, mesmo com tantos benefícios ao motorista, a Indriver ainda peca muito na segurança. Justamente pela falta de regulamentação, os relatos de assédio, assaltos e propostas indecentes feitas pelos passageiros aos motoristas são comuns. “Espero que eles melhorem isso, porque na minha opinião, se eles melhorarem esse ponto, a plataforma vai se destacar muito entre os motoristas”, disse Marlon Luz. Carlos Shigueo Nishikawa reconheceu o problema e afirmou que a empresa vai trabalhar para melhorar essa questão.
Lembrando que a CPI dos Aplicativos foi prorrogada por mais 40 dias, ou seja, até o final de 2022 a CPI dos Aplicativos ocorrerá todas as quarta-feiras às 11h da manhã e pode ser acompanhada pelo canal do Youtube da Câmara Municipal de São Paulo, que faz transmissões ao vivo da CPI. Mas você também pode acessar o canal do Youtube do Vereador Marlon Luz para ver o resumo e os melhores momentos da CPI dos Aplicativos a hora que desejar.
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