A cidade de São Paulo tem mais de 546 mil motoristas cadastrados por aplicativos, que fazem 25 milhões de viagens por mês, revelou ontem (dia 19), o vereador Marlon Luz, vice-presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Aplicativos durante a segunda reunião realizada nesta terça-feira (19).
A CPI visa apurar irregularidades nos aplicativos que circulam na cidade. Os parlamentares consideram que haja uma espécie de caixa preta no setor, com problemas que vão de sonegação fiscal a atuação irregular de empresas.
A comissão ouviu nesta terça o secretário-executivo do CMUV (Comitê Municipal de Uso do Viário), Felipe Pereira.
Durante a comissão, o vereador Marlon Luz , vice-presidente da comissão, citou dados informados pelo governo municipal que mostram que há mais de 546 mil motoristas de aplicativos cadastrados na capital.
Segundo documentos apresentados pelo vereador, 25 milhões de viagens foram feitas em julho deste ano por esses aplicativos de transporte.
Em 2020, essas empresas pagaram R$ 151 milhões em taxas à gestão da capital paulista, segundo Felipe Pereira, da CMUV. Os valores são pagos à prefeitura como uma contrapartida pelo uso do viário da cidade.
Ao menos uma empresa não consta entre as credenciadas pela prefeitura: a inDriver, que segundo Marlon Luz, é uma empresa russa que não consta credenciada na cidade.
Marlon Luz citou caso de motorista que teria sido multado em R$ 5.000 por rodar na cidade usando aplicativo da empresa não credenciada. “Ela opera sem o cadastro, não paga taxa, não informa o município sobre o uso do viário, não sabemos se ela valida o cadastro dos motoristas”, diz o parlamentar.
Marlon Luz também questionou o membro do CMUV sobre diversas irregularidades e lacunas relativas ao controle das empresas na cidade, como motoristas com ficha criminal, carros e condutores não cadastrados.
“O que me chamou a atenção foi como as regras feitas para o CMUV deixam margem para que tenham a sonegação de taxas dos aplicativos”, finalizou o vereador Marlon Luz.
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