Metaverso: a nova realidade

Metaverso: a nova realidade

Entendendo o que é

Metaverso é um termo que está cada vez mais popular e todo esse reconhecimento é consequência de uma inovação histórica. O metaverso foi criado com o objetivo de ser uma junção do mundo virtual e do mundo real. Sendo construído com base em tecnologias que integram o participante de forma realista no mundo digital. 

Uma das primeiras tentativas de tornar  o metaverso uma realidade, foi no jogo Second Life. Nele, você pode controlar o seu avatar, personalizar a sua aparência, desenvolvendo sua vida e socializando com outros personagens, ele se torna uma importante forma de auto-expressão. Mesmo tendo diversos acessos, o projeto não foi de enorme sucesso já que não apresentava a possibilidade de uma economia digital, nem algo efetivamente sensorial (como nos óculos de realidade virtual). 

A nova alternativa de marketing

Até pouco tempo atrás, o projeto metaverso era muito  contemplado por jogadores de games. Hoje, tornou-se chamativo como ferramenta de marketing para grandes empresas. A Nike, por exemplo, recentemente comprou uma fabricante de tênis no jogo ROBLOX,  e os usuários podem comprá-los utilizando a moeda própria do jogo. 

O Facebook decidiu ser precursor da ideia, e mudou o nome de sua plataforma para “Meta”. A proposta da empresa é utilizar óculos de realidade virtual e outros dispositivos para construir um universo que integra o mundo real e digital, onde os usuários têm a possibilidade de se comunicarem entre si, trabalhar dentro de casa fazendo uso de hologramas, comprar propriedades e diversas outras coisas. 

Toda a ideia gira em torno da possibilidade de substituirmos as telas de computadores e celulares por uma experiência absolutamente tridimensional e inovadora. 

Ainda não somos capazes de descrever com exatidão o funcionamento do metaverso, já que ele ainda não foi desenvolvido da forma descrita pelos idealizadores, porém, sabemos que não demorará para vermos e entrarmos em contato com essa revolucionária invenção.

Os tokens não fungíveis e os bens virtuais

Outro ativo digital que fará sucesso com a expansão do metaverso, será o token não-fungível (mais conhecido como NFT em inglês). No mundo virtual, todo e qualquer bem da vida real existirá. Os NFT´S, de forma simplista, são como certificados digitais de propriedade, em que qualquer pessoa pode confirmar a autenticidade de algo, mas é impossível de alterar. Para exemplificar, imagine a seguinte situação: um artista cria uma obra em forma digital, e decide colocá-la na internet e também vendê-la. Qualquer um consegue ver e baixar a imagem, mas apenas quem obtiver o token não fungível (certificado de propriedade), possui verdadeira posse sobre a criação. 

A noção de posse e propriedade no metaverso será cada vez mais complexa, e mesclada com a existência de NFT´s, em breve estaremos imersos neste autêntico mundo. 

Os desafios jurídicos e legais

A novidade parece ser realmente um conto de fadas, mas existem muitos desafios difíceis a serem superados. Uma dessas dificuldades está relacionada com as complexidades legais no metaverso. Hoje, grande parte dos dados pessoais pertencentes aos usuários podem ser coletados pelas mídias sociais ou pela simples navegação pela internet. Dentro do metaverso, o volume de dados coletados será infinitamente maior. A grande questão em jogo é: os dados pessoais de um avatar personalizado, serão considerados dados pessoais no caso de um vazamento? No caso de Propriedade Intelectual, se um avatar desenvolver algum tipo de emblema, figura, skin, a quem pertencerá os direitos autorais da criação? A plataforma ou o usuário? Os temas relacionados aos direitos humanos básicos, como injúria racial, assédio, homofobia, misoginia, se infringidos, o responsável será judicialmente indiciado e responsabilizado? Para responder todas essas questões, é necessário saber os limites entre o que será considerado “real” e objetivamente “virtual”. O valor da pessoa “avatar” no futuro, poderá ser equivalente ao valor da pessoa humana?

A legislação brasileira não dispõe de artigos que discutem e respondem a essas problemáticas, por tratar-se de um assunto extremamente imaturo. 

No que tange a política, projetos de lei envolvendo inovações tecnológicas estão ficando cada vez mais comuns. O Vereador Marlon Luz tem como uma de suas pautas, a tecnologização urbana.  Sua pretensão de ser eleito deputado federal, tornam maiores as chances desse estilo de projetos serem aprovados no âmbito federativo. 

Todas essas questões serão definitivamente abordadas com mais frequência em algum tempo e, invariavelmente, entenderemos melhor como essas inovações funcionarão. 

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Júlia

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